segunda-feira, 11 de maio de 2009

Inimá de Paula

A Mostra de Arte Cibernética do Acervo Itaú Cultural está sendo exibida no Museu Inimá de Paula de 16 de abril a 13 de junho de 2009.
Museu Inimá de Paula
Rua da Bahia, 1.201 - CentroCEP 30160-011 - Belo Horizonte, MG

A Exposição consiste em 8 obras de caráter cibernético e algumas também de caráter interativo.

No dia em que visitei o Museu (quinta-feira, dia 7 de junho) a obra de Regina Silveira, Descendo a Escada, estava em manutenção e não pude experimentar a sensação de vertigem que me disseram que o movemento de descida da escada virtual possibilita.
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A obra Les Pissenlits de Edmond Couchot e Michel Bret para mim foi uma das mais interessantes. Na medida em que se sopra com maoir intensidade, as sementes de dente-de-leão se movimentam e caem com maior força e rapidez. Mais bacana ainda foi saber, através da explicação do instrutor do museu, que essa obra, na realidade, é do final dos anos 80, programada em computadores enormes e somente com um microfone e uma tela de exibição. Foi em 2006 que a obra foi repensada pelos próprios autores, adaptada para computadores modernos e exibida em 3 telões ligados a 3 microfones.

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Em Text Rain, a projeção do corpo dos participantes é combinada com a animação de uma chuva de letras coloridas que, por sua vez, respondem a seus movimentos corporais. Aos poucos, são formadas as palavras que compõe o poema "Talk. You" de Evan Zimroth. Nessa obra, a interatividade é bastante presente e, de certa forma, faz com que nos sintamos parte também do objeto de arte.
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Merece também destaque a obra Reflexão#3 pela interatividade (podemos controlar a rapidez com que aparecem os números) e pela reflexão dos números na água que funciona como um espelho.
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Muito bacana foi o instrumento musical criado por Daniela Kutschat e Rejane Cantoni denominado OP_ERA: Sonic Dimension. É uma espécie de harpa virtual em que as paredes do cubo aberto possuem centenas de linhas brancas luminosas que permitem que o usuário as toque. De acordo com o toque da pessoa, diferentes sons são produzidos causando um efeito muito interessante. O instrutor disse que esse 'instrumento' era para ser afinado de acordo com o tom de voz das pessoas que tivessem perto dele. Eu não percebi diferença alguma no som com diferentes pessoas falando mas o proprio instrutor falou que essa função da obra está em estudo pois nem ele mesmo estava reparando. Na verdade, há suspeitas de que devido ao fato de a obra estar ao lado de "Memória" Cristaleira do mineiro Eder Santos, obra que possui uma música de fundo, o instrumento OP_ERA: Sonic Dimension esteja afinado de acordo com a música que o circunda.

Processing II

Código fonte

void setup ()
{
background(178, 11, 11);
size (600, 600);
smooth();
stroke (10);
}
void draw ()
{
ellipse (mouseX, mouseY, 100, 100);
if (mousePressed == true)
{
fill(mouseX);
}
else
{
fill(mouseY);
}
ellipse(mouseX, mouseY, 50, 50);
}

Resultado:

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Objeto interativo

A idéia para o meu objeto interativo foi fazer uma caixa mágica, em que a pessoa, ao manusear o objeto, descobre e se surpreende com os diferentes mecanismos que a caixa é capaz de fazer!
Para isso, fiz um cubo com duas camadas por face de papel paraná tamanho 20x20cm. Em uma das faces das laterais, abri um grande circulo e preguei nele uma luva. Na face superior e nas outras três faces laterais ficaram incrustados os leds (uma face com leds verdes em um fileira um pouco deslocada do meio, outra com leds vermelhos, outra com led amarelos na diagonal e a ultima colorida, com leds das 3 cores misturados formando um círculo). Dentro da caixa colei um buzzer e também prendi o motor de manete de play station que é o responsável pela caixa vibrar. Montei circuitos separados para cada face e outro ainda para o motor (o buzzer ficou no circuito da face com leds vermelhos). A cada um desses circuitos acoplei um reed switch e colei ímãs em diferentes partes da luva. Para o acabamento, escolhi um tecido emborrachado com gliters que deu um efeito ainda mais mágico ao objeto.

Dessa forma, ao colocar a mão dentro da caixa, a pessoa veste a luva e, de acordo com os movimentos que fizer com a mão no interior do cubo, os ímãs se aproximam dos reed switches e esses ativam o circuitos. A caixa-mágica pode acender leds de faces variadas, produzir o som do buzzer e até mesmo vibrar!!

Para montá-la, foi preciso de:
30 leds coloridos (vermelho, verde e amarelo)
30 resistores muitos metros de fio
1 buzzer
1 motor de manete de play station
5 reed switches
1 bateria 9V
4 pilhas AA
papel paraná
tecido emborrachado azul marinho com gliter
luva de borracha
10 super ímãs
cola de sapateiro
bastaante fita crepe
e muitas noites sem dormir!

Como eu tinha chegado de viagem pouco tempo antes da pré entrega, no dia dela, o meu objeto interativo se resumia a um circuito de apenas uma das faces da caixa.
Por isso, as fotos que aparecem aqui são já da execução do objeto interativo e do resultado final!




Processing I

Tinha entendido errado o primeiro trabalho no processing e primeiro acabei postando uma programação que tinha gostado que achei já pronta na internet. Hoje na aula descobri que era eu mesma quem tinha que ter feito uma programação interessante... então saiu isso daí mas ainda vou aprender a fazer coisas melhores.. na verdade, gostei mesmo foi do formato..
Código fonte:

size(100, 500);
background(45,60,80);
noStroke(); fill(0,0,255);
ellipse(width/4, height/2, 100, 50);
fill(0,255,0);
ellipse(width/5, height/2, 200, 70);
fill(110,120,280);
ellipse(width/16, height/16, 400, 400);
fill(255,120,43);
ellipse(width/20, height/10, 30, 30);
fill(255,120,280);
ellipse(width/43, height/16, 10, 10);
fill(200,78,10);
ellipse(width/25, height/80, 160, 80);
fill(30,200,132);
ellipse(width/40, height/30, 20, 20);
fill(50,2,130);
ellipse(width/60, height/20, 400, 10);
fill(130,224,30);

Resultado:



Resenha

Resenha do Texto “Design: Obstáculo para a Remoção de Obstáculos?”de Vilém Flusser


Vilém Flusser, judeu nascido em Praga, Tchechoslováquia, em 1920; estudou filosofia sem, contudo, terminar o curso devido a sua migração após a invasão alemã de sua cidade natal em 1939. Chegou ao Brasil em 1940.Em 1950, naturalizou-se brasileiro. Autodidata, engajou-se no Instituto Brasileiro de Filosofia e lecionou a disciplina de Filosofia da Ciência na Escola Politécnica da USP.Em 1972, retornou a Europa , onde faleceu em 1991.

Neste texto Flusser abre polêmica sobre a crise do conhecimento moderno, onde o processo criativo é contraditório: “um objeto de uso é um objeto para tirar os outros objetos do caminho.”

O ponto central é como quebrar esse “dialeto interno da cultura”? Flusser propõe que enfatizemos em nossos designes a comunicabilidade e a interpessoalidade, a responsabilidade social e cultural.

Concordo que o conhecimento intersubjetivo, horizonte onde se encontram a objetividade e a subjetividade deva ser resgatado pela nossa contemporaneidade. Perdemos o sentido da convivência, perdemos o sentido da política – campo de inter-relacionamento humano e sobreposição da ciência e da arte, estamos perdendo o sentido da vida.