A deriva é uma técnica que estuda as ações do ambiente urbanos no emocional das pessoas. É uma forma de passar de um quarteirão a outro, de uma casa a outra, através de deambulações ao acaso. Ela se opõe em todos os aspectos às conhecidas definições de viagem e passeio.
Partindo de um lugar qualquer, o grupo que se lança à deriva deve andar deixando que a própria cidade o guie. A construção de um mapa do percurso a ser traçado é de grande auxílio. Nele podem-se anotar as motivações que determinaram o caminho tomado.
O fim único da deriva é transformar a cidade, o urbanismo e a arquitetura.
* A Teoria da Deriva foi inicialmente formulada por Guy Debord e em 1958 lançada na Revista Internacional Situacionista.
Curiosidades:
- Debord recomendou que a Deriva devia ser praticada em pequenos grupos (de 2 ou 3 pessoas) para a prática não se fragmentar em derivas simultâneas.
- A duração média do exercício era de um dia, sendo este período calculado como o intervalo entre um período de sono prolongado e outro.
- O único horário não recomendado para sua prática era o final da madrugada.
- A prática consecutiva de vários períodos seguidos de Derivas poderia dificultar a concentração dos praticantes na atividade, assim como estes esquecerem as sensações experimentadas nos primeiros períodos em deferência aos últimos, pelas novas condições objetivas de comportamento que fossem aparecendo.
- O campo espacial da Deriva começava no ponto de partida estabelecido e nunca ia além de uma cidade e seus subúrbios, sendo determinado um mínimo de um bairro ou quarteirão.
- Depois de estabelecido o campo espacial, as linhas de penetração eram determinadas pelo estudo de mapas, podendo esses ser modificados ou melhorados durante a prática.
Referências
http://www.vitruvius.com.br/arquitextos/arq000/esp176.asp
http://arquivosnavegantes.blogspot.com/2007/05/internacional-situacionista-celma-paese.html
http://editoraderiva.multiply.com/journal/item/72/O_Cotidiano_Selvagem_-_A_arquitetura_Situacionista
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